Sobre as Esterilizações

Questões Frequentes Sobre Esterilização

  1. Em que consiste a esterilização?
  2. A cirurgia de esterilização é dolorosa?
  3. A cirurgia de esterilização é perigosa?
  4. Qual a idade aconselhada para esterilizar o meu animal?
  5. Esterilizar não sai caro?
  6. Esterilizar um animal não é ir contra aquilo que é natural?
  7. Não devem as fêmeas ter pelo menos uma ninhada? E não têm os machos necessidade de acasalar?
  8. Porquê esterilizar se consigo encontrar um bom lar para todos os filhotes?
  9. Não é uma ninhada que faz a diferença.
  10. Os machos esterilizados não perdem a masculinidade?
  11. Porquê esterilizar os machos se são as fêmeas que dão à luz?
  12. Porquê esterilizar uma fêmea se lhe posso dar anticoncepcionais?
  13. Não é importante que as crianças assistam ao “milagre do nascimento”?
  14. O meu animal é de raça definida, porque não acasalá-lo?
  15. O meu animal é muito especial e, se o esterilizar, nunca hei-de ter outro como ele.
  16. Porquê esterilizar o meu animal se ele nunca sai sozinho de casa?
  17. Porquê esterilizar se basta manter macho e fêmea separados durante o cio?
  18. O meu cão é de porte pequeno e a minha cadela é de porte grande (ou vice-versa), logo, não conseguem acasalar.
  19. O meu animal vai ficar gordo depois da esterilização?
  20. O meu cão vai perder o instinto de protecção se for esterilizado?
  21. E se eu não puder/quiser esterilizar o meu animal?

1. Em que consiste a esterilização?

A esterilização (ou castração) consiste na remoção cirúrgica dos órgãos com funções exclusivamente reprodutoras. É comum utilizar-se o termo castração, sobretudo no caso dos machos, mas o mesmo tem uma conotação muito negativa, pelo que a sua utilização é desaconselhada. A esterilização não causa nenhum mal físico nem psicológico aos animais e deixa-os geralmente mais calmos. Longe de ser uma mutilação, a esterilização é a solução mais humana para o grave problema da superpopulação de animais de companhia que todos os dias sofrem nas ruas.
Nas fêmeas, a esterilização consiste normalmente na retirada do útero e dos ovários (ovariohisterectomia), o que evita que as fêmeas entrem no período de cio.
Nos machos, o procedimento de esterilização mais comum é a retirada dos testículos (orquiectomia), deixando-se a bolsa escrotal vazia (em bem pouco tempo a pele retrai-se e fica uma bolsa pequenina).
Existem procedimentos alternativos que apenas impedem a fecundação (a laqueação de trompas no caso das fêmeas e a vasectomia no caso dos machos). São procedimentos de acesso mais difícil e que não oferecem vantagens comportamentais (por exemplo, as fêmeas continuam a ter o cio e a atrair machos, e os machos continuam a querer acasalar com fêmeas). Contudo, no caso dos cães macho, também não implicam as potenciais desvantagens de saúde associadas à orquiectomia.

2. A cirurgia de esterilização é dolorosa?

A cirurgia é realizada por um médico veterinário sob anestesia geral, pelo que o animal não sente nada durante o procedimento. Após a intervenção, o animal poderá sentir um ligeiro desconforto, mas a maioria dos animais regressa à sua actividade normal após 24 a 72 horas. Normalmente, são fornecidos ou injectados analgésicos para minorar o desconforto no período de pós-operatório.

3. A cirurgia de esterilização é perigosa?

A esterilização é realizada sob anestesia geral, e uma anestesia geral envolve sempre algum risco, tanto para os humanos como para os outros animais. No entanto, a esterilização é já uma cirurgia de rotina e é segura quando realizada por um bom médico veterinário. Muitos veterinários utilizam monitores do ritmo cardíaco e anestesia volátil. Fale com o seu veterinário e certifique-se de que o seu animal está em mãos competentes.
Contudo, há que ter em conta que existem determinadas alturas em que os riscos são maiores para a esterilização de uma fêmea, como quando a fêmea está no cio ou está muito próximo de dar à luz. Se possível, deverá evitar-se a esterilização nestas alturas, sendo recomendável aguardar-se pelo menos 3 semanas depois do último cio e 2 a 3 semanas depois do desmame.

4. Qual a idade aconselhada para esterilizar o meu animal?

Nas cadelas e gatas, a idade geralmente aconselhada para a esterilização é a partir dos 5-6 meses, de preferência antes do primeiro cio. Contudo, no caso de cadelas de raças mais propensas a desenvolverem osteossarcoma, poderá ser mais recomendável aguardar que a cadela atinja a maturidade (mais de 1 ano de idade).
Nos gatos macho, a idade geralmente aconselhada para a esterilização é a partir dos 5/6 meses. Nos cães macho, a idade mais aconselhada para a esterilização é após a maturidade (mais de 1 ano de idade).
Apesar de a esterilização poder ser realizada em qualquer idade, existe sempre o factor limitativo relacionado com o nível de segurança da anestesia em diferentes idades. Particularmente se o seu animal já não for jovem, deverá ser realizado previamente um exame completo de saúde (incluindo análises gerais).

5. Esterilizar não sai caro?

Existe variação nos preços consoante a clínica veterinária, sendo que a cirurgia na fêmea é mais cara por ser um procedimento mais delicado. É recomendável ligar para várias clínicas veterinárias e comparar os custos e os métodos utilizados. Informe-se também junto das associações de apoio a animais abandonados mais próximas da sua área de residência, pois várias associações têm protocolos com veterinários para esterilizações a custos mais acessíveis e há também algumas com clínica veterinária onde são praticados preços mais baixos que nas clínicas privadas (pode consultar aqui uma lista de associações nacionais, distribuídas por distrito/concelho). A câmara municipal da sua área de residência, através do médico veterinário municipal, poderá também oferecer esterilizações a preços mais acessíveis. Poderá ainda tentar sensibilizar o seu veterinário no sentido de permitir um pagamento faseado do custo. Há veterinários que permitem esta modalidade de pagamento, mas é difícil encontrar uma clínica veterinária que ofereça esse tipo de pagamento a um cliente novo, pelo que recomendamos que contacte o seu veterinário habitual expondo a sua situação.
Apesar de os preços geralmente praticados não serem tão acessíveis quanto seria desejável, sobretudo dada a importância deste tipo de cirurgia, a esterilização comporta um custo único que é diminuto quando considerados os seus benefícios. Por outro lado, quando comparado com os custos de repetidas idas ao veterinário para tratar de animais feridos depois de brigas ou de atropelamento por terem fugido, por exemplo, o custo único de uma esterilização é mínimo. Além disso, pagar pelos cuidados necessários à mãe dos filhotes, incluindo parto por cesariana, se tal for necessário, mais alimentação, desparasitação e vacinação das ninhadas, resultará em contas veterinárias bastante mais elevadas.

6. Esterilizar um animal não é ir contra o que é natural?

Os animais de companhia foram seleccionados pelos humanos para terem as características que têm hoje em dia e dependem de nós para sobreviverem. Há muito pouco de natural em comerem ração, em irem ao veterinário ou em dormirem dentro das nossas casas, mas essa é a melhor forma que temos de cuidar deles responsavelmente. Do mesmo modo, no que respeita à reprodução dos animais de companhia, a melhor forma que temos de evitar que nasçam mais animais para uma vida de sofrimento é a esterilização, a qual não causa mal físico nem psicológico aos animais.

7. Não devem as fêmeas ter pelo menos uma ninhada? E não têm os machos necessidade de acasalar?

Não, tal trata-se apenas de um mito. Não há nenhuma vantagem para a saúde das fêmeas em serem esterilizadas após terem tido uma ninhada. Pelo contrário, há vantagens para a saúde em esterilizar as fêmeas antes do primeiro cio. A vida sexual dos animais segue ritmos biológicos e padrões instintivos, ou seja, o acasalamento é motivado por uma questão hormonal, e não psicológica.

8. Porquê esterilizar se consigo encontrar um bom lar para todos os filhotes?

E se a sua gata tiver 6 gatos? E se a sua cadela tiver 8 ou mais cachorros? Será mesmo que consegue encontrar famílias responsáveis para todos? Mesmo que consiga encontrar um lar para todos os filhotes, será que as futuras famílias serão verdadeiramente responsáveis para cuidar deles e protegê-los até ao fim das vidas deles? Vai estar sempre presente durante os 10-15 anos de vida de todos esses filhotes? Vai assegurar os cuidados veterinários e de alimentação quando os adoptantes já não os quiserem ou puderem suportar? E será que os adoptantes serão suficientemente responsáveis para evitar que os filhotes da sua cadela/gata venham a reproduzir-se? Vai assegurar que todos são esterilizados por volta dos 5 meses e que nenhum deles se reproduz? E quem evitará a reprodução dos filhotes dos filhotes da sua cadela/gata? Vai estar lá para garantir um "bom lar" para todos eles também? Certamente que não. E certamente que não ficaria de consciência tranquila sabendo que há sempre a possibilidade de descendentes do seu animal terem uma vida de negligência ou sofrimento...
A triste realidade é que não há famílias suficientes para acolher todos os animais que precisam de um lar, muito menos famílias que cuidem dos animais de forma verdadeiramente responsável durante todos os seus anos de vida. Muitos desses cães e gatos acabam acorrentados ou esquecidos numa varanda, acabam ao abandono nas ruas, são negligenciados quando precisam de cuidados, são vítimas de abusos e maus-tratos, são abatidos nos canis/gatis municipais, procriam e dão origem a mais e mais e mais animais... Não se esqueça que, para muitas pessoas, um animal só é atraente e adorável enquanto é bebé, ou enquanto não destrói o sofá da casa nem faz xixi no tapete, ou enquanto não fica doente. Muitos animais são descartados logo que ficam mais crescidos ou começam a apresentar comportamentos considerados indesejáveis.
Mas o mais importante de tudo é que, por cada animal que se reproduz, está a roubar-se hipóteses aos animais que já nasceram e aguardam uma família. Não é justo fazer-se nascer mais animais sem que tenhamos antes tentado oferecer uma vida digna aos que já nasceram.

9. Não é uma ninhada que faz a diferença.

“Apenas uma ninhada” faz a diferença, sim. “Apenas uma ninhada” irá agravar ainda mais a superpopulação de animais de companhia, até porque “apenas uma ninhada” pode significar mais 6 gatos ou 12 cães. Em menos de um ano, todos os filhotes da ninhada poderão ter ninhadas próprias, que por sua vez darão origem a mais ninhadas. É um círculo vicioso. Todos os dias, centenas de cães e gatos morrem nas ruas ou são abatidos – e cada um dessas centenas de animais veio “apenas de uma ninhada”.

10. Os machos esterilizados não perdem a masculinidade?

Os animais não têm o conceito de ego ou de identidade sexual. A esterilização não altera a personalidade do seu animal. Ele não sofrerá nenhuma crise de identidade nem terá nenhuma reacção emocional quando esterilizado. Não se esqueça que os cães e os gatos não são seres humanos. A vida sexual dos cães e dos gatos é desprovida de qualquer romantismo. Eles procriam por instinto. E não, eles não se “importam” de ser esterilizados.

11. Porquê esterilizar os machos se são as fêmeas que dão à luz?

São as fêmeas que dão à luz as ninhadas, mas não é certamente por “concepção imaculada”. As fêmeas não engravidam sozinhas. É preciso um macho e uma fêmea para gerar uma ninhada. Além disso, enquanto que as cadelas "só" costumam ter duas ninhadas por ano e as gatas três ninhadas por ano, os machos podem fecundar várias fêmeas num único dia! Uma grande percentagem dos animais atropelados consiste em machos não esterilizados, em busca de fêmeas no cio.

12. Porquê esterilizar uma fêmea se lhe posso dar anticoncepcionais?

Algumas pessoas pensam que podem substituir a esterilização por pílulas ou injecções de anticoncepcionais, mas isso não é de todo recomendável. Até pode parecer uma alternativa atraente a curto prazo, mas este método de contracepção prejudica seriamente a saúde da gata/cadela ao contribuir para o desenvolvimento de tumores e infecções uterinas.
Além disso, este método não é totalmente seguro e, a médio prazo, fica bastante mais dispendioso que o preço único a pagar por uma cirurgia de esterilização.

13. Não é importante que as crianças assistam ao “milagre do nascimento”?

A maioria das fêmeas precisa de privacidade durante o parto, pelo que não é uma boa altura para assistir. Na verdade, muitas fêmeas procuram refúgios escuros e sossegados, longe da nossa vista, e dão à luz durante a noite. Uma lição bem melhor para as crianças é incutir-lhes sentido de responsabilidade, explicando-lhes por que motivo o seu animal não deve procriar e ensinando-lhes que um animal de companhia é um compromisso para toda a vida e que os animais merecem o nosso respeito e amor. Para ensinar às crianças o “milagre do nascimento”, mais vale alugar um vídeo bem documentado sobre esse assunto.
Cada nova ninhada que nasce contribui para que mais animais sofram nas ruas e sejam mortos nos canis e gatis municipais, simplesmente porque não têm uma família que os acolha. E isto não acontece por milagre, acontece por falta de informação e educação, que não é certamente aquilo que os pais querem transmitir às crianças.

14. O meu animal é de raça definida, porque não acasalá-lo?

Há inúmeros animais de raça definida que são abatidos diariamente nos canis municipais. O facto de um animal ter raça definida não é garantia de que encontre adoptante nem que não seja abandonado mais tarde. Deixar um animal acasalar apenas porque tem raça definida é irresponsável e reduz as hipóteses dos animais que já nasceram e aguardam adopção conseguirem encontrar uma família.
Além disso, a criação de animais de companhia de uma determinada raça é um processo que, além de uma grande responsabilidade, envolve anos de estudo das características da raça, e jamais deverá ser tentado por alguém inexperiente. Determinados animais poderão ter características indesejáveis que passam para os seus descendentes, sendo por isso totalmente desaconselhável o seu acasalamento. A criação de animais comporta também elevados gastos (medicações para a fêmea e os filhotes, nutrição especial, vacinas, desparasitação, avaliação genética, testes laboratoriais, limpeza, socialização, entre outros) e disponibilidade a tempo inteiro.

15. O meu animal é muito especial e, se o esterilizar, nunca hei-de ter outro como ele.

Os filhotes de um animal não são uma cópia idêntica de nenhum dos pais. Os filhotes recebem algumas características do pai, outras da mãe e poderão ainda herdar as características de avós ou bisavós (que até poderiam ter alguma degeneração).
Nem mesmo os criadores profissionais (que seguem várias gerações de uma descendência) podem garantir que obterão as características que pretendem de uma ninhada em particular. Querer-se um filhote idêntico ao pai ou à mãe é um péssimo motivo para deixar um animal reproduzir-se. As hipóteses de ter um animal de companhia idêntico são provavelmente maiores se procurar um animal adulto com as características pretendidas num abrigo de animais.

16. Porquê esterilizar o meu animal se ele nunca sai sozinho de casa?

Infelizmente, podem ocorrer acidentes mesmo em nossa casa, já que outro animal poderá encontrar uma forma de saltar o muro do jardim, por exemplo. Por outro lado, o seu animal poderá aproveitar uma porta mal fechada para fugir ou poderá soltar-se da trela durante um passeio. Quantos animais não fogem ou desaparecem de suas casas ou durante um passeio? Prevenir é o melhor remédio.

17. Porquê esterilizar se basta manter macho e fêmea separados durante o cio?

É mais fácil dizê-lo do que fazê-lo! Separar um macho de uma fêmea no cio não é tarefa fácil. Os machos são capazes de quase tudo para chegar perto de uma fêmea no cio, desde pular muros, abrir portões ou arrombar portas. Respondendo ao instinto, a própria fêmea pode encontrar uma forma de fugir em busca de um macho para acasalar. Além disso, o período de cio pode durar até três semanas. Já imaginou o que é ouvir constantemente choros e evitar tentativas de aproximação dias e dias a fio? Para além de ser muito desgastante para os animais, é também bastante cansativo conseguir manter-se os animais separados. O mínimo descuido pode dar origem a uma gravidez indesejada.

18. O meu cão é de porte pequeno e a minha cadela é de porte grande (ou vice-versa), logo, não conseguem acasalar.

Ao contrário do que possa parecer, o macho e a fêmea podem acasalar apesar de terem portes muito diferentes. Por exemplo, uma fêmea de porte grande poderá deitar-se para acasalar com um macho de porte pequeno. Não se pode facilitar nestas situações, o melhor é esterilizar pelo menos um dos animais ou impedi-los de terem qualquer contacto.

19. O meu animal vai ficar gordo depois da esterilização?

Poderá ocorrer um aumento do apetite devido à alteração hormonal, mas o animal só engordará se lhe der alimentação em demasia. A obesidade é facilmente evitável com uma dieta balanceada e exercício regular.

20. O meu cão vai perder o instinto de protecção se for esterilizado?

A esterilização não altera a personalidade do seu cão nem afecta o seu instinto natural de protecção da família. Por outro lado, sendo esterilizado, o seu cão terá menos tendência a fugir. Repare que o seu cão não o poderá proteger ou avisar de perigos se estiver a vaguear pelas ruas à procura de fêmeas.

21. E se eu não puder/quiser esterilizar o meu animal?

Se não puder ou não pretender esterilizar o seu animal de companhia, deverá garantir que ele não tem contacto com animais não esterilizados do sexo oposto. Tal implica tomar medidas básicas como nunca o deixar vaguear fora de casa e passeá-lo sempre com trela. Dessa forma, estará também a protegê-lo de perigos muito reais, como o risco de atropelamento, doenças, fuga, maus-tratos, rapto ou envenenamento. Saiba mais aqui.
No caso das fêmeas, é importante reconhecer a altura do cio (ou estro) para tomar precauções redobradas para que a mesma não engravide. Sugerimos que se informe devidamente junto do seu médico veterinário sobre o ciclo reprodutivo das cadelas e das gatas, mas deixamos abaixo algumas linhas gerais.
Em média, o cio das cadelas dura aproximadamente 3 semanas, podendo ser mais curto ou mais longo de cadela para cadela (entre 7-10 dias até 4 semanas ou mais). O período médio entre cios é de 7 meses, mas algumas cadelas poderão ter o cio a cada 4 meses e outras a cada 12 meses. Na primeira fase do cio, um período que pode estender-se por 3 a 15 dias, a cadela começa por apresentar a vulva inchada, sangramento vaginal e possível aumento de urina. Embora os machos demonstrem interesse na cadela, nesta altura a cadela ainda não está receptiva ao acasalamento. Segue-se depois uma fase em que a descarga vaginal pode tornar-se amarelada ou eventualmente cessar, e em que a cadela apresenta um comportamento muito característico, ficando quieta e desviando a cauda para o lado quando lhe tocam atrás ou na presença de um cão. Esta é a fase em que a cadela aceita o macho e pode estender-se por 4 a 21 dias. É muito importante manter uma cadela separada de machos e sob vigilância durante todo o período de cio. Mesmo que a sua cadela esteja bem treinada, as hormonas falarão mais alto. Nunca a deixe com acesso ao exterior e nunca a passeie sem trela.
Ao contrário das cadelas, o cio das gatas ocorre várias vezes durante uma única época de acasalamento. A época de acasalamento está dependente do número de horas de luz diárias, durando aproximadamente de Fevereiro a Setembro no hemisfério norte (no entanto, o cio das gatas de interior poderá manifestar-se ao longo de todo o ano, pois a luz artificial sujeita-as ao mesmo ciclo de luz/escuridão durante as quatro estações). Como as gatas não apresentam descarga nem inflamação, as alterações comportamentais são os sinais que nos indicam que uma gata está no período de cio: geralmente, a gata demonstra mais afecto, roça-se em objectos e pessoas, rebola no chão, torna-se mais vocal e pode urinar pela casa. No pico do cio, a gata apoia o peito e as patas dianteiras no chão elevando os quartos traseiros e desviando a cauda para o lado, num convite óbvio ao macho. O cio na gata dura aproximadamente 4 a 10 dias. Contudo, se a gata não for fecundada ou esterilizada, o cio voltará a ocorrer após 4-22 dias (e assim sucessivamente até ao fim da época de acasalamento, o que não é particularmente bom para a saúde da gata devido ao desgaste físico e psicológico do cio). Uma gata no cio fará tudo ao seu alcance para sair em busca de um macho. Não facilite! É vital que mantenha a sua gata separada de machos e sem hipótese alguma de acesso ao exterior.

Tenha em atenção que algumas fêmeas não apresentam sinais de cio ou apresentam sinais muito subtis (o chamado cio silencioso ou seco), pelo que a manifestação de especial interesse na fêmea por parte de machos poderá ser o único sinal visível.

FONTE: ESTERILIZA-ME
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